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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013
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''Virada ao Avesso''
Capítulo 3
Carolina sofreu um grave acidente e agora precisa se redescobrir como pessoa...
Já faz um mês que saí do hospital, e muita coisa mudou.
Primeiro: Minha
irmãzinha cresceu e já se comporta como uma pré-adolescente.
Segundo: A Katleen
e a Sabrina estão muito estranhas comigo.
E finalmente
em terceiro: as aulas recomeçam daqui a dois dias e minha turma toda já está no
último ano e eu não.
Fisicamente
estou bem. Aquela ressonância que fiz no hospital constatou que uma parte do
meu cérebro responsável pela memória seria afetado. Meu médico me disse que só
eu descobriria com o tempo onde a minha memória está falhando.
Por enquanto
eu me lembrava de tudo o que aconteceu antes do acidente. As vezes eu me sentia
um pouco estranha, como se faltasse um pedaço de mim.
Hoje liguei
para a Sabrina e perguntei se ela queria ir comigo no Batata’s, e ela aceitou.
Chegando lá, no momento que eu entrei todos, mas todos mesmo inclusive as
garçonetes olharam pra mim.
Sentamos em
uma mesa perto das janelas, e ainda assim eu
pude sentir os olhares sobre mim.
Chegando em
casa encontrei minha mãe deitada no sofá assistindo tv.
-Oi filha
tudo bem?
-Tudo bem
mãe. Disse mentindo um pouco. -Onde a Lara está?
-Está
dormindo depois de ter provado todos os meus sapatos. Essa vai ser fashionista
como você.
-Fashionista?
Eu? Perguntei estranhando
-Sim filha.
O seu evento favorito é fazer compras no shopping. Você não se lembra? Disse me
olhando incrédula
-Claro que
eu me lembro. Completei mentindo pela segunda vez
-Quer ver um
filme comigo filha?
-Quero sim.
-O que acha
de ÁGUA PARA ELEFANTES?
-Acho
perfeito.
-Vou
estourar pipoca sabor manteiga, segunda –feira recomeço a dieta. Num rodopio
ela me deixou sozinha na sala com meus pensamentos.
Por incrível
que pareça minha mãe também mudou. Continua apaixonada por cirurgias plásticas
mas está muito mais amorosa e tentando ser uma boa mãe.
Dois dias
depois...
Estou no
carro parado em frente ao colégio Aurélio Prattes a dez minutos e não consigo
descer dele. Pedi ao Horácio que estacionasse longe o bastante para que eu
pudesse ver os alunos entrarem.
Vi a Sabrina
com a sua habitual saia rodada, o grupo dos nerds perto da fonte, e até o
Felipe um cara que eu ficava antes do acidente. De repente uma garota saiu
correndo e pulou em cima dele lascando um beijão. Meu coração falhou por um
instante. Eu pensei que ele gostasse de mim.
Resolvi sair
do carro.
-Tchau
Horácio.
-Até mais
tarde Srta Carolina.
Com passos
firmes passei pelo portão da escola, tentei não ligar para os olhares hostis
que me lançavam.
-Então a
Bela Adormecida acordou.
Parei de
andar , me virei e dei de cara com uma garota loira que eu não me lembrava.
-O que é o
gato comeu a sua língua.
-Quem é
você? perguntei confusa
-Você só
pode estar brincando né? Escutem essa galera a Bela Adormecida não sabe quem eu
sou.
E houve uma
explosão de risos. Olhei em volta e vi a Sabrina e a Katleen me olhando de
longe
-Olha garota
eu não sei quem é você ok. Eu só vim estudar me deixe em paz.
-Te deixar
em paz? Paz vai ser a última coisa que você vai ter aqui.
-Mas por que? Eu nem conheço você.
-Ah você
conhece sim. Desde o quarto ano você me
humilha de todas as formas possíveis, e agora eu sou a nova the best do colégio
e o seu reinado acabou de uma vez por todas...mas o seu inferno só acabou de
começar.
Olhei pra
ela sem entender nada. Como eu era antes do acidente? O que eu fazia com as pessoas?
Parece que essa garota estava disposta a me fazer lembrar de cada detalhe...
CONTINUA
sábado, 9 de fevereiro de 2013
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''Virada ao Avesso"
Piiii Piiii Piiii
Esse maldito
zumbido não sai da minha cabeça.
Escuto
passos, vozes e minha própria respiração. Tentei abrir os olhos mas minhas pálpebras estão pesadas.
Sinto alguém
segurando minha mão, seus dedos são suaves e seu toque é quente como a mão de
minha babá Ellen. Respirei fundo e com muita força abri os olhos e me assustei
com a claridade.
-Filha? Meu
Deus! Filha você acordou? Enfermeira corre aqui .
Agora estou
vendo os grandes olhos castanhos de minha mãe.
Me virei pra
olhar ao redor e só vi paredes brancas. O que aconteceu? Onde eu estou? As
perguntas na minha cabeça cessaram porque começou uma correria imensa dentro do
quarto. Uma infinidade de pessoas vestindo jalecos brancos. Eu só poderia estar
num hospital, mas não sei como fui parar lá.
Um homem
alto se aproximou de mim.
-Bom dia
Srta Carolina, eu sou o Dr Almir. Você pode me ouvir? Perguntou ele
-Sim.
-Que bom, vou
começar a examina-la.
Ele colocou
aquele aparelho nos ouvidos como se fossem fones e a ponta que fica pendurada
sobre o meu peito.
-Vou contar
até três e vocês vai puxar o ar e depois solta-lo entendeu?
Assenti com
a cabeça.
-1,2,3...agora.
Respirei e
expirei diversas vezes como ele mandou. Pude sentir que tinha um tubinho em
cada uma das minhas narinas. Ele pegou um objeto que parecia uma caneta com uma
lanterna na ponta.
Ele usou o
polegar para abrir bem os meus olhos e apontou a tal caneta para um olho depois
para o outro. Depois checou meu pulso e pediu meu prontuário, para a moça que estava
ao seu lado e que só podia se a enfermeira.
-Pulmões e
pulsação ok. Reflexos também.
-Por que eu
estou aqui? Perguntei
Vi minha mãe
se aproximar da cama e pegar minha mão.
-Você sofreu
um grave acidente filha.
-Acidente
mas como? Quando? Eu não consigo me lembrar de nada.
O médico
olhou pra minha mãe e depois pra mim.
-É normal
você não se lembrar de nada. A sua memória sobre o que aconteceu pode vir rapidamente
ou não.
-Só me
lembro que estava num carro e depois mais nada.
-Filha fica
calma o importante é que você acordou .Eu pensei que nunca mais fosse ver seu
olhinhos abertos meu amor.
Eu nunca
havia visto ela chorar antes e confesso que fiquei surpresa.
O médico
pigarreou chamando a atenção de nós duas.
-Sra Menezes
eu vou pedir que levem sua filha para que façam uma ressonância magnética do
crânio para que possamos ver como se encontra sua atividade cerebral.Com licença
.disse se afastando
Olhei pra
minha mãe. Estava um pouco perdida como se faltasse alguma coisa em mim. Girei
os dois calcanhares e depois dobrei os joelhos. Doeu um pouco mas pelo menos
corresponderam ao meus comandos.
-Mãe eu
posso andar né?
-Claro que
sim filha. O médico disse que por um milagre sua medula ficou intacta no
acidente.
-Nossa por
um momento cheguei a pensar que...
-Não filha
está tudo bem. Eu estou aqui com você.
-E a Lara
onde está?
-Está em
casa com a Ellen não se preocupe. Ela sente muito a sua falta.
Puxa a
quanto tempo estou aqui? Séculos? Resolvi
perguntar de uma vez por todas.
-Há quantos
dias estou nesse lugar?
Seus olhos
se encheram de lágrimas, e sua boca formou uma linha reta de pesar. Observei-a
mais atentamente e vi que ela estava sem maquiagem e não se vestia com o
glamour com que eu estava habituada a vê-la.
-O que foi é
tanto tempo assim?
-Filha calma
fique você não pode ficar nervosa.
Mas porque
ela estava relutante em me dizer?
Comecei a
tentar me levantar mas minhas costas doíam e desisti.
-Me diz mãe.
-Querida...
-Eu quero
saber! Gritei tão alto que chamei a atenção de algumas enfermeiras.
-Você dormiu
por um ano.
CONTINUA
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" Virada ao Avesso"
Capítulo 1
Detesto ter de ficar esperando,e elas sabem disso.As aulas começam em duas semanas e eu preciso atualizar meu guarda roupa,porque ninguém no colégio pode estar mais bem vestida do que eu.
Desço as escadas e me deparo com a minha mãe fazendo yoga no meio da sala.Era incrível como a cada ano que passa ela quer ficar cada vez mais jovem,as pessoas da cidade andam comentando o quanto ela está plastificada.
Eu já disse a ela o que as pessoas falam mas ela nem liga e diz que quer aproveitar a vida.Quando me viu parou com os exercícios.
-Oi filha.disse ela tomando o seu isotônico
-Oi mãe.Estou indo pro shopping sozinha tá.
-Mas e as suas amigas não vão com você?
-Ah! Cansei de esperá-las.Se elas virem aqui diga que eu já fui.
-Ok eu digo.Mas não vá se demorar hein!Hoje é o jantar na casa dos Silveira de Andrade e quero que você esteja linda.
-Tchau mãe.
-Tchau querida.
Estava quase chegando na porta quando ela me chamou.Girei meus calcanhares e olhei pra ela tentando não rolar os olhos.
-O que foi mãe?
Ela não disse nada,apenas se aproximou de mim e tocou em uma mecha dos meus longos cabelos negros.Imediatamente senti um arrepio na espinha.Ela olhou no fundo dos meus olhos.
-Você está cada vez mais parecida com o seu pai filha.
-Eu sei,tenho um espelho no meu quarto.
-Você é igualzinha a ele fisicamente e no temperamento.disse por fim
-Você se recente do fato de eu ser parecida com o meu pai não é?
-É claro que não.Você e sua irmã são meus tesouros.Eu sei que não demonstro muito isso mas eu amo vocês duas.
Assenti com a cabeça.Acho que nunca ouvi minha mãe falar de sentimentos fraternais comigo e muito menos com a minha irmãzinha Lara que tinha apenas sete anos.
-O que é isso mãe? Nostalgia?Acho que está um pouco tarde pra isso você não acha?
Ela se afastou de mim, virando-se de costa para que eu não pudesse ver seu olhar.
-Eu sei que não fui uma boa mãe.Eu era muito jovem quando me casei com seu pai,era imatura e ele mais velho do que eu.Ele queria herdeiros e eu aceitei com a condição que vocês duas tivessem babás integrais.
Ela não precisava me lembrar disso.Ellen é como uma mãe pra mim,apesar de nunca ter dito isso a ela.
-Eu não amava seu pai.continuou ela-Eu sempre fingi ,pra que nem vocês e muito menos a sociedade soubessem o quanto meu casamento era fracassado.
-Você não está me dizendo nenhuma novidade.Sempre ouvi as brigas de vocês dois tarde da noite.
Seus olhos se arregalaram.
-Pra que a surpresa mãe?Eu sempre soube que não eram felizes.E agora que o caminho está livre pra você a dois anos já que o papai não está mais entre nós,seja feliz e me deixe em paz tá bem?
-Eu nunca mais vou me casar.
-Ok! Então se quiser vá para um convento.Porque eu já estou atrasada pra ir ao shopping.
Deixei ela sozinha e bati a porta da frente na sua cara.Meus olhos teimavam em ficar molhados toda vez que eu me lembrava das brigas e da falta de amor que existia em minha casa.
Horácio o motorista me viu e já abriu a porta traseira do carro.
-Para onde vamos Srta Carolina?
-Para o shopping Horácio.
Ele fechou a porta e assumiu o volante.Acho que percebeu que eu estava chorando e me olhou pelo espelho retrovisor.
-Tudo bem menina?
-Tudo bem Horácio.Pode ir.
Coloquei meus óculos escuros enquanto olhava minha casa ficando cada vez mais distante.Seguimos pela Av.Castanheira a mais movimentada de Diamante Azul.Paramos em um semáforo e meu celular começou a tocar era a Katleen.
-Alô.
-Amiga nos desculpe.Eu e a Sabrina fomos almoçar no Batata's e vimos uns caras gatinhos que estavam em outra mesa.Aí eles nos convidaram pra sentarmos os quatro juntos e aí perdemos a hora.
-Vocês sabem que eu não tolero atrasos,eu estou fazendo um favor em deixar vocês andarem comigo.
-Nós sabemos.E isso não vai mais acontecer.
-Onde vocês estão?
-Estamos no shopping.Liguei pra sua casa e sua mãe disse que você está vindo pra cá.
-Ok me esperem na fonte.
-Claro até daqui a pouco.
-Até.disse desligando
O semáforo abriu pra nós e o Horácio acelerou.Foi quando ouvimos uma forte buzina,só tive tempo de ver um ônibus vermelho vindo em nossa direção quando gritei e tudo mais ficou escuro...
CONTINUA
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013
Amor X Amor Verdadeiro
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Amor é um estado de espírito,que muitas pessoas ainda não sentiram e que algum dia irão sentir.
Amar o outro exige paciência,dedicação e não é somente dizer que se ama só para a pessoa se sentir
bem,é muito mais do que isso.Vivemos em um mundo onde se costuma dizer aquilo que não sente,só
para mostrar aos outros o quanto você é legal porque tem aquela pessoa com você.Mas muitas vezes
quer passar uma imagem que não é o seu verdadeiro ''eu''.O sentimento de amar e ser amado têm que
ser mutuo e verdadeiro,e não amor de momento e se diz as coisas no calor do momento.Palavras
falsas de amor machucam a pessoa quando esta descobre a intenção da pessoa que as disse.Pense
bem antes de dizer:EU TE AMO essas três palavras tem muita força,e quando elas são ditas sem
coração algum dia quem as disse vai receber o mesmo em troca.
Amar o outro exige paciência,dedicação e não é somente dizer que se ama só para a pessoa se sentir
bem,é muito mais do que isso.Vivemos em um mundo onde se costuma dizer aquilo que não sente,só
para mostrar aos outros o quanto você é legal porque tem aquela pessoa com você.Mas muitas vezes
quer passar uma imagem que não é o seu verdadeiro ''eu''.O sentimento de amar e ser amado têm que
ser mutuo e verdadeiro,e não amor de momento e se diz as coisas no calor do momento.Palavras
falsas de amor machucam a pessoa quando esta descobre a intenção da pessoa que as disse.Pense
bem antes de dizer:EU TE AMO essas três palavras tem muita força,e quando elas são ditas sem
coração algum dia quem as disse vai receber o mesmo em troca.
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