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sábado, 9 de fevereiro de 2013
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''Virada ao Avesso"
Piiii Piiii Piiii
Esse maldito
zumbido não sai da minha cabeça.
Escuto
passos, vozes e minha própria respiração. Tentei abrir os olhos mas minhas pálpebras estão pesadas.
Sinto alguém
segurando minha mão, seus dedos são suaves e seu toque é quente como a mão de
minha babá Ellen. Respirei fundo e com muita força abri os olhos e me assustei
com a claridade.
-Filha? Meu
Deus! Filha você acordou? Enfermeira corre aqui .
Agora estou
vendo os grandes olhos castanhos de minha mãe.
Me virei pra
olhar ao redor e só vi paredes brancas. O que aconteceu? Onde eu estou? As
perguntas na minha cabeça cessaram porque começou uma correria imensa dentro do
quarto. Uma infinidade de pessoas vestindo jalecos brancos. Eu só poderia estar
num hospital, mas não sei como fui parar lá.
Um homem
alto se aproximou de mim.
-Bom dia
Srta Carolina, eu sou o Dr Almir. Você pode me ouvir? Perguntou ele
-Sim.
-Que bom, vou
começar a examina-la.
Ele colocou
aquele aparelho nos ouvidos como se fossem fones e a ponta que fica pendurada
sobre o meu peito.
-Vou contar
até três e vocês vai puxar o ar e depois solta-lo entendeu?
Assenti com
a cabeça.
-1,2,3...agora.
Respirei e
expirei diversas vezes como ele mandou. Pude sentir que tinha um tubinho em
cada uma das minhas narinas. Ele pegou um objeto que parecia uma caneta com uma
lanterna na ponta.
Ele usou o
polegar para abrir bem os meus olhos e apontou a tal caneta para um olho depois
para o outro. Depois checou meu pulso e pediu meu prontuário, para a moça que estava
ao seu lado e que só podia se a enfermeira.
-Pulmões e
pulsação ok. Reflexos também.
-Por que eu
estou aqui? Perguntei
Vi minha mãe
se aproximar da cama e pegar minha mão.
-Você sofreu
um grave acidente filha.
-Acidente
mas como? Quando? Eu não consigo me lembrar de nada.
O médico
olhou pra minha mãe e depois pra mim.
-É normal
você não se lembrar de nada. A sua memória sobre o que aconteceu pode vir rapidamente
ou não.
-Só me
lembro que estava num carro e depois mais nada.
-Filha fica
calma o importante é que você acordou .Eu pensei que nunca mais fosse ver seu
olhinhos abertos meu amor.
Eu nunca
havia visto ela chorar antes e confesso que fiquei surpresa.
O médico
pigarreou chamando a atenção de nós duas.
-Sra Menezes
eu vou pedir que levem sua filha para que façam uma ressonância magnética do
crânio para que possamos ver como se encontra sua atividade cerebral.Com licença
.disse se afastando
Olhei pra
minha mãe. Estava um pouco perdida como se faltasse alguma coisa em mim. Girei
os dois calcanhares e depois dobrei os joelhos. Doeu um pouco mas pelo menos
corresponderam ao meus comandos.
-Mãe eu
posso andar né?
-Claro que
sim filha. O médico disse que por um milagre sua medula ficou intacta no
acidente.
-Nossa por
um momento cheguei a pensar que...
-Não filha
está tudo bem. Eu estou aqui com você.
-E a Lara
onde está?
-Está em
casa com a Ellen não se preocupe. Ela sente muito a sua falta.
Puxa a
quanto tempo estou aqui? Séculos? Resolvi
perguntar de uma vez por todas.
-Há quantos
dias estou nesse lugar?
Seus olhos
se encheram de lágrimas, e sua boca formou uma linha reta de pesar. Observei-a
mais atentamente e vi que ela estava sem maquiagem e não se vestia com o
glamour com que eu estava habituada a vê-la.
-O que foi é
tanto tempo assim?
-Filha calma
fique você não pode ficar nervosa.
Mas porque
ela estava relutante em me dizer?
Comecei a
tentar me levantar mas minhas costas doíam e desisti.
-Me diz mãe.
-Querida...
-Eu quero
saber! Gritei tão alto que chamei a atenção de algumas enfermeiras.
-Você dormiu
por um ano.
CONTINUA
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